Depois de um
tempo ausente devido à Semana Santa e alguns dias fora de Salvador, estamos de
volta para o último relato destes quatro meses na Europa.
Período que
começou em 30 de março de 2015, quando escrevo esta data custo a crer que já se
foi um ano desde o dia em que o voo da TAP saído de Lisboa aterrissou em Lyon.
Saímos de
Edinburgh em um trem com destino a Inverness no dia 08 de julho de 2015. Inverness é a principal cidade das Highlands, ao contrário do que muitos
pensam, ela não fica as margens do misterioso lago (loch, se você chamar lake
eles dirão que você está na Escócia e não na Inglaterra) Ness, moradia do
famosíssimo Nessie, o monstro do lago!
Inverness é
uma cidade de aproximadamente 50.000 habitantes, que se localiza próximo ao
Moray Firth, um braço de mar, onde deságua o rio Ness que nasce no lago e, este
sim, banha a cidade de Inverness. É uma cidade tranquila que surpreende pelo
número de bares, muitos deles com música, e restaurantes que oferece.
Faço questão de registrar onde ficamos
hospedados, no Pitfaranne Guest House, uma pousada pequena, muito limpa, confortável e com um
excelente café da manhã. A pousada é de propriedade da simpaticíssima Mrs. Pearl, que além
de dona, é administradora, camareira, cozinheira, copeira e mora nos fundos do estabelecimento.
Inverness é
uma cidade boa para comer, pois é fria. Jantamos no “Castel Tavern”, que recomendo, tem muitos turistas mas a comida é excelente. Fomos também a um restaurante
espanhol “La Ortilla Asesin”, com uma comida gostosa e um ambiente interno
muito bonito decorado de azulejos. Querendo tomar uma cerveja e ouvir uma
música vá ao The Gellions.
A cidade tem
uma boa central de atendimento a turista com informações para passeios pelo
lago e outras regiões das Highlands.
No passeio
pelo lago é mandatório visitar as ruínas do Urquhart Castle. Não espere um
palácio, não é nada disso, o castelo é na realidade uma fortaleza construída no
século 13 da qual sobraram algumas torres e muralhas. De sua torre principal
tem-se uma bela vista do lago, o monstro não deu o ar da graça!
Às margens do rio Ness |
Inverness Castle |
Restaurante La Ortilla Asesin |
Urquhart Castle |
Urquhart Castle |
Urquhart Castle |
Depois de 2
dias em Inverness, tomamos um trem com destino a Glasgow, a maior cidade da
Escócia.
Glasgow é
uma cidade diferente de Edinburgh, não sei explicar exatamente por que mas ela passa uma ideia de ser mais alegre,
talvez por causa de seus prédios que não são tão escuros como os de Edinburgh,
talvez seja uma cidade com mais tempo de sol por ano, não sei. O que eu sei é
que Glasgow é uma cidade dentro da qual nos sentimos mais confortável. O
pessoal de lá diz que eles são a cidade feliz e Edinburgh a cidade emburrada!
Como todas
as grandes cidades, é sempre bom fazer o passeio em ônibus aberto e conhecer
seus prédios, alguns dos quais bem imponentes, como: The Kelvingroove Art Gallery and Museum, The University of Glasgow, The Cathedral, George Square.
Há bons
restaurantes e muitos bares em Glasgow, fomos a um restaurante em um mercado
chamado Merchant Square, há vários lá dentro, é bonito, limpo, comida gostosa,
vale a pena.
Devido a já
termos visitado tantos palácios e castelos, nossa estada em Glasgow, foi mais
relaxante e dedicada a passear pelas ruas, sentar em bar ou restaurante e
admirar a cidade.
George Square |
The Kelvingroove Art Gallery and Museum |
Interior da Catedral |
Merchant Square |
Rua de Glasgow |
Incrível Vitrine em uma rua de Glasgow - Máquinas de Costura |
Visitamos
ainda a cidade de Saint Andrews, terra do golfe, eles dizem que o golfe nasceu
lá onde é jogado até hoje por mais de 600 anos. Pelo guia ficamos sabendo
tratar-se de um dos campeonatos mais importantes do mundo, que aliás, estava
previsto o para a semana seguinte, já tinha alguns jogadores por lá treinando
no campo, quem quisesse assistir poderia faze-lo pagando £40,00. Claro que
não fomos!
Universidade de Saint Andrews |
Praia de Saint Andrews |
Depois da
Escócia voltamos a Londres, período sobre o qual já escrevemos e do aeroporto de Gatwick apanhamos nosso voo para Lisboa no dia 20.
Chegamos em
Lisboa as 13:00, assim passamos uma tarde e uma noite lá, nosso voo para
Salvador sairia no dia seguinte. Ainda tivemos tempo para passear pela cidade que gostamos tanto, suas ruas, seus restaurantes, seu povo, tudo ali nos fascina!
Em 30 de março de 2015 a data de 21 de julho de 2015 era tão longe. Como poderia agora,
em 21 de julho aquele 30 de março está tão próximo?
Quantas
experiências vivi! Espero ter sabido compartilhá-las com vocês nesses relatos,
passado um pouco do que senti, do que dividi as com pessoas, do que cresci.
Creio até
que uma das razões para o atraso desde último relato sobre a Europa, é que eu
não queria escreve-lo, aquela velha história de render o finzinho do doce!
Há muito
tempo, li uma frase que não me lembro de quem é, já procurei no Google e não
achei, o que importa é que nunca esqueci a frase: O TEMPO É LONGO QUANDO OLHAMOS PARA FRENTE, E CURTO QUANDO OLHAMOS PARA
TRÁS!
O tempo para
trás já passou, se o vivemos ou não, apenas nossa memória o dirá. O tempo para
frente, afortunadamente o mais longo, é o que temos; podemos decidir se vamos
vive-lo ou deixa-lo passar. Não é uma decisão tão difícil, não é?
VAMOS VIVE-LO! SÓ SABEREMOS QUÃO LONGO ELE FOI,
QUANDO NÃO O TIVERMOS MAIS!