terça-feira, 12 de abril de 2016

HELLO NESSIE!!

Depois de um tempo ausente devido à Semana Santa e alguns dias fora de Salvador, estamos de volta para o último relato destes quatro meses na Europa.
Período que começou em 30 de março de 2015, quando escrevo esta data custo a crer que já se foi um ano desde o dia em que o voo da TAP saído de Lisboa aterrissou em Lyon.
Saímos de Edinburgh em um trem com destino a Inverness no dia 08 de julho de 2015. Inverness é a principal cidade das Highlands, ao contrário do que muitos pensam, ela não fica as margens do misterioso lago (loch, se você chamar lake eles dirão que você está na Escócia e não na Inglaterra) Ness, moradia do famosíssimo Nessie, o monstro do lago!
Inverness é uma cidade de aproximadamente 50.000 habitantes, que se localiza próximo ao Moray Firth, um braço de mar, onde deságua o rio Ness que nasce no lago e, este sim, banha a cidade de Inverness. É uma cidade tranquila que surpreende pelo número de bares, muitos deles com música, e restaurantes que oferece.
Faço questão de registrar onde ficamos hospedados, no Pitfaranne Guest House, uma pousada pequena, muito limpa, confortável e com um excelente café da manhã. A pousada é de propriedade da simpaticíssima Mrs. Pearl, que além de dona, é administradora, camareira, cozinheira, copeira e mora nos fundos do estabelecimento.
Inverness é uma cidade boa para comer, pois é fria. Jantamos no “Castel Tavern”, que recomendo, tem muitos turistas mas a comida é excelente. Fomos também a um restaurante espanhol “La Ortilla Asesin”, com uma comida gostosa e um ambiente interno muito bonito decorado de azulejos. Querendo tomar uma cerveja e ouvir uma música vá ao The Gellions.
A cidade tem uma boa central de atendimento a turista com informações para passeios pelo lago e outras regiões das Highlands.
No passeio pelo lago é mandatório visitar as ruínas do Urquhart Castle. Não espere um palácio, não é nada disso, o castelo é na realidade uma fortaleza construída no século 13 da qual sobraram algumas torres e muralhas. De sua torre principal tem-se uma bela vista do lago, o monstro não deu o ar da graça!

Às margens do rio Ness
Inverness Castle
Restaurante La Ortilla Asesin
Urquhart Castle
Urquhart Castle
Urquhart Castle
Depois de 2 dias em Inverness, tomamos um trem com destino a Glasgow, a maior cidade da Escócia.
Glasgow é uma cidade diferente de Edinburgh, não sei explicar exatamente por que  mas ela passa uma ideia de ser mais alegre, talvez por causa de seus prédios que não são tão escuros como os de Edinburgh, talvez seja uma cidade com mais tempo de sol por ano, não sei. O que eu sei é que Glasgow é uma cidade dentro da qual nos sentimos mais confortável. O pessoal de lá diz que eles são a cidade feliz e Edinburgh a cidade emburrada!
Como todas as grandes cidades, é sempre bom fazer o passeio em ônibus aberto e conhecer seus prédios, alguns dos quais bem imponentes, como: The Kelvingroove Art Gallery and Museum, The University of Glasgow, The Cathedral, George Square.
Há bons restaurantes e muitos bares em Glasgow, fomos a um restaurante em um mercado chamado Merchant Square, há vários lá dentro, é bonito, limpo, comida gostosa, vale a pena.
Devido a já termos visitado tantos palácios e castelos, nossa estada em Glasgow, foi mais relaxante e dedicada a passear pelas ruas, sentar em bar ou restaurante e admirar a cidade.
George Square 
The Kelvingroove Art Gallery and Museum
Interior da Catedral 
Merchant Square 
Rua de Glasgow
Incrível Vitrine em uma rua de Glasgow - Máquinas de Costura
Visitamos ainda a cidade de Saint Andrews, terra do golfe, eles dizem que o golfe nasceu lá onde é jogado até hoje por mais de 600 anos. Pelo guia ficamos sabendo tratar-se de um dos campeonatos mais importantes do mundo, que aliás, estava previsto o para a semana seguinte, já tinha alguns jogadores por lá treinando no campo, quem quisesse assistir poderia faze-lo pagando £40,00. Claro que não fomos!

Universidade de Saint Andrews
Praia de Saint Andrews
Depois da Escócia voltamos a Londres, período sobre o qual já escrevemos e do aeroporto de Gatwick  apanhamos nosso voo para Lisboa no dia 20.
Chegamos em Lisboa as 13:00, assim passamos uma tarde e uma noite lá, nosso voo para Salvador sairia no dia seguinte. Ainda tivemos tempo para passear pela cidade que gostamos tanto, suas ruas, seus restaurantes, seu povo, tudo ali nos fascina!
Em 30 de março de 2015 a data de 21 de julho de 2015 era tão longe. Como poderia agora, em 21 de julho aquele 30 de março está tão próximo?
Quantas experiências vivi! Espero ter sabido compartilhá-las com vocês nesses relatos, passado um pouco do que senti, do que dividi as com pessoas, do que cresci.
Creio até que uma das razões para o atraso desde último relato sobre a Europa, é que eu não queria escreve-lo, aquela velha história de render o finzinho do doce!
Há muito tempo, li uma frase que não me lembro de quem é, já procurei no Google e não achei, o que importa é que nunca esqueci a frase: O TEMPO É LONGO QUANDO OLHAMOS PARA FRENTE, E CURTO QUANDO OLHAMOS PARA TRÁS!
O tempo para trás já passou, se o vivemos ou não, apenas nossa memória o dirá. O tempo para frente, afortunadamente o mais longo, é o que temos; podemos decidir se vamos vive-lo ou deixa-lo passar. Não é uma decisão tão difícil, não é?
VAMOS VIVE-LO! SÓ SABEREMOS QUÃO LONGO ELE FOI, QUANDO NÃO O TIVERMOS MAIS!