terça-feira, 19 de abril de 2011

FÉRIAS - CAPADOKIA

Dia 7! Chegamos a Capadokia.
A Capadokia é uma região central da Turquia asiática. A Turquia asiática é chamada de Anatólia , ou seja a Capadokia fica na Anatólia Central.
A razão principal para se ir a Capadókia são suas exóticas formações rochosas. As montanhas deste região são formadas por dois tipos de rocha, a tufa, mole e o basalto, mais duro.
Este tipo geológico originou-se pelo depósito de erupções vulcânicas há milhares de anos, primeiro, ocorreu a deposição de lavas que deram origem a tufa, depois a deposição das cinzas sobre a Tufa formou o basalto.
O Resultado é ter-se uma formação, mole e fácil de cavar protegida por uma camada mais dura.
O efeito da erosão por conta de chuvas, muito mais intensas na época, ventos e diferenças de temperatura, dividiu a placa composta de tufa e basalto, formando montanhas, não muito altas, de tufa mole, em seus flancos e um "capacete" de basalto duro.
Desta forma os povos antigos da região descobriram ser mais fácil cavar estas montanhas e aí morar, que construir casas.
Chegamos em Navishair por volta das 17:00 hs, Navishair é a cidade principal da região, de lá fomos de carro para a cidade de Urgup onde ficava nosso hotel.
Durante o percurso, conversando com o guia soubemos que havia tempo para assistirmos a uma apresentação da Dança de Giro dos Dervixes.
A apresentação acontece em uma espécie de fortaleza, muito antiga, utilizada naqueles tempos como apoio as caravanas de camelos. O local é belíssimo.
A dança dos dervixes é um ritual sagrado, onde os adeptos, giram em torno do próprio corpo, em um estado de transe para comunicar-se com o sagrado. Eles iniciam o giro com as mãos cruzadas sobre o peito, simbolizando a unidade de Alá, e depois assumem uma posição com os braços abertos mantendo a mão direita para cima, recebendo as bênçãos dos Céus e a mão esquerda para baixo para baixo transmitindo estas bênçãos para a Terra. Uma maravilha de se ver.
No dia seguinte, dia 8 , foi o nosso passeio pela região. Iniciamos vendo as formações rochosas, com direito a foto sobre camelo, depois fomos conhecer o museu aberto de Goreme. O museu aberto é uma área dotada de várias igrejas (capelas no nosso conceito) cavadas nas montanhas típicas da região. As igrejas são ortodoxas e por isso têm as paredes pintadas com imagens de santos, estas imagens de santos são chamadas de ícones. Muitos deste ícones estão em um excelente estado de conservação. Fomos ainda a uma outra igreja, cavada na rocha, fora do museu aberto, esta sim igreja mesmo, muito impressionante pela profundidade, são várias salas, todas decoradas com ícones muito conservados. Uma maravilha.
Na tarde deste mesmo dia, fomos a uma cidade subterrânea, também escavada nestas montanhas, é impressionante a quantidade de salas subseqüentes, que eram escavadas pelos antigos, uma espécie de cidade mesmo, estas não eram habitadas, apenas utilizadas como esconderijos em caso de invasões, eles aproveitavam o mesmo tipo de formação para fazer o sistema de ventilação, espécie de chaminés.
A Capadokia, realmente mostra um forma muitíssimo especial e única de geologia, geografia e modo de vida, vale muito a pena conhecer e retornar.
As noites não são muito movimentadas, mas a cidade de Urgup oferece excelentes restaurantes com bons preços, tudo por aqui é mais barato que Istanbul. Muito nos marcou o restaurante Zig, quase vizinho do nosso hotel. É um restaurante de cozinha internacional, mais focado na comida da região e pratos com massa. O restaurante é de uma decoração lindíssima, a comida é excelente e a inspiração do dono veio de seu cachorro, um Yorshire marrom, chamado Zig. No restaurante pode-se ver fotos do Zig.
Para o dia seguinte, dia 9, tínhamos agendado um passeio de balão sobre a região, um turismo muito praticado por aqui, o dia amanheceu ventando e o passeio foi cancelado. Uma razão para termos que retornar a este lugar tão maravilhoso. Aproveitamos o dia para andarmos pela região, subindo em locais elevados de onde se tinha uma maravilhosa vista e, é claro, aproveitamos para tomar cerveja na praça. Uma maravilha! Ah! Já ia esquecendo, neste dia cortei o cabelo em uma barbearia local, nunca vi serviço semelhante, até massagem no pescoço estava incluído, fantástico!
No dia seguinte, dia 10, pegamos o avião para Moscou.

domingo, 17 de abril de 2011

FÉRIAS - ISTANBUL

Chegamos a Istanbul, no domingo dia 3, depois de um vôo Salvador São Paulo, outro São Paulo Londres e finalmente Londres Istanbul, computamos um total de 30 horas desde sairmos de casa até entrarmos no hotel.
Istambul é dividia em três partes, duas na Europa, separadas por um longo braço de mar chamado "Chifre de Ouro", e uma parte na Ásia.
A parte européia ao sul do chifre é a parte antiga, onde era a cidade de Constantinopla. Ao norte do chifre está a chamada parte nova.
O clima em Istanbul, esteve todo tempo frio e nublado, mas sem chuvas; com exceção de hoje que esquentou bastante, depois de meio dia, e o sol mostrou finalmente a cara
O Hotel Eressim, onde ficamos, localiza-se na parte nova próximo a uma praça famosa e movimentada com transporte para todos os locais da cidade, Praça Taksin. O salão de café do hotel fica no topo do edifício e oferece uma linda vista da cidade, como estamos na parte nova vemos os minaretes das maiores mesquitas ao longe.
Saindo da praça Taksin há uma rua apenas para pedestres. Nesta rua encontram-se uma série de restaurantes e bares, além de lojas de todos os tipos. A rua é extremamente movimentada, lotada de turcos e turistas. O dia inteiro ela é agitada e a noite ferve, mesmo no domingo a noite.
No domingo em que chegamos, andamos por esta rua, jantamos quase a meia noite e finalmente fomos dormir.
No dia 4, segunda feira não tínhamos programa de turismo, então andamos pela cidade, lembrando antigos pontos que já tínhamos visto na primeira vez que aqui estivemos e conhecendo novas coisas.
Uma das coisas que mais nos chamou a atenção foi a evolução da cidade neste período de aproximadamente 18 anos. A cidade está muito moderna, com um sistema de transporte, dotado de metro, tramways, funiculares (bondinhos) e ônibus muito funcional, não utilizamos taxi uma vez sequer. Descobrimos que até ao aeroporto se chega facilmente utilizando o transporte público. Istanbul é uma cidade segura, onde as pessoas caminham à noite e sentam-se em bancos ao longo da margem do estreito de Bósforo, sem se preocuparem com assaltos.
Como não poderia deixar de ser, neste dia fizemos compras (Istanbul pode ser excelente para as compras desde que você encontre os lugares certos, e nós encontramos), almoçamos na rua, andamos por diversas ruelas, fomos ao Grand Bazar, onde não se deve comprar nada (tudo lá é o dobro do preço, quem é bom de barganha pode encarar), mas imperdível de andar pelos diversos corredores, cheio de lojas de todos os tipos.
No dia 5 tivemos um passeio de barco pelo Bósforo, infelizmente o frio não permitiu que andássemos no andar superior e aberto. O passeio é muito bonito e pode-se ver as fachadas e vários palácios, castelos e mansões que ficam na beira do estreito. Ao fundo estão sempre os minaretes, que se constituem em excelentes pontos de referência para deslocamento na cidade. Não são permitidos arranha-céus na parte velha de Istanbul.
No dia 5 fizemos um passeio de dia inteiro, sendo, pela manhã de barco pelo estreito de Bósforo, que separa a parte asiática da parte européia de Istanbul, a única cidade do mundo que ocupa dois continentes.
O Bósforo é super interessante, ele liga o mar de Mármara ao mar Negro, tem uma corrente na parte superior que se desloca do Negro para o Mármara e uma outra pelo fundo que faz o sentido inverso. A corrente superior deve-se a uma pequena diferença de altura entre o Negro, mais alto e o Mármara, mais baixo ; a corrente inferior ocorre devido a uma diferença de salinidade e temperatura que são maiores no Mármara. Não há marés no Bósforo, tem sempre o mesmo nível.
O Bósforo não é muito largo, no máximo uns 5 km, de um lado avista-se o outro com facilidade.
O Bósforo é ladeado por mansões, palácios e castelos/fortalezas. É a região mais valorizada de Istanbul e de toda a Turquia.
Na tarde do mesmo dia fizemos um passeio na parte Asiática, visitando a colina mais alta de Istanbul, de onde se avista toda a parte Européia e o paliteiro de minaretes, Istanbul tem, estima-se, 3 mil mesquitas. Visitamos também o palácio de verão dos Sultões. Os palácios, aqui, e este não escapa, são luxuosíssimos, surpreendente é saber que um palácio daquele era utilizado apenas uma ou duas semanas por ano. Quando vemos estas coisas entendemos porque os reis foram derrubados.
No dia 6 fomos ao palácio Dolmabache, um dos grandes palácios de Istanbul, é um luxo impensável, as colunas suporte dos corrimões são de cristal, a quantidade de lustres é impensável, o maior lustre do palácio pesa somente 4.500 kg, su limpeza é feita a cada 5 ou 6 anos e leva 4 meses para limpar, os tapetes originais, que não podem ser pisados, há um tapete "corredor" por cima são de desenhos maravilhosos, os tetos são todos pintados, o teto da sala principal onde está o lustre colossal é 16 m.
Ainda neste dia fizemos um passeio de ônibus aberto fazendo um percurso em torno da cidade, descemos em um mercado de peixe onde almoçamos, peixe é claro.
A noite fomos para a rua de pedestre próximo a praça Taxim, entramos em um bar onde ficamos bebericando e olhando o movimento, eu tomei a bebida nacional deles o tal do Raki, é gostoso, se bebe misturado com água. A bebida que é incolor ao se misturar com água torna-se branca leitosa, por isso tem o apelido de Leite de Leão. Fomos dormir tarde.
No dia 7, último dia em Istanbul, acordamos tarde, durante a manhã andamos pelos arredores, visitando alguma ruas que não tínhamos passado, almoçamos no hotel e esperamos o transfer para o aeroporto, rumo a Capadokia.