segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

NEM TUDO É LONDRES, NA INGLATERRA!

No dia 02 de julho de 2015, saímos do hotel, minha amiga Conceição e eu, para o aeroporto de Heathrow. Ela deixaria nosso pequeno grupo rumo a Salvador com uma troca de voo em Lisboa.

Voltei para o hotel para dormir mais um pouco até a hora de apanharmos um ônibus para a cidade de Brighton. Temos um amigo que mora lá e fazia muito tempo não o víamos, Andrew Wells.

Conhecemos Andrew, muitos anos atrás em Londres, e apesar do pouco contato sempre nos mantivemos na categoria de amigos. Atualmente ele está casado com Chris, um cara muito legal, e moram em uma bela casa na cidade de Brighton, onde nos receberam por 2 dias de forma calorosa e confortável. 

Optamos por fazer a viagem de Londres até Brighton de ônibus, por ser bem mais em conta que trem, os trens na Inglaterra são caros. Se tiver dinheiro para pagar a diferença entre ônibus e trem, vá de trem, os ônibus não são nada confortáveis e além do mais passa-se um bom tempo para sair de Londres devido ao transito, pelo menos 1/3 da viagem é pelas ruas de Londres.

Brighton é uma cidade de praias, como brasileiros, habitantes de Salvador, isso não nos é um grande atrativo, o motivo para ir até lá era simplesmente rever nosso amigo, conhecer seu companheiro e sua nova casa; tomarmos uns drinks e conversarmos. Na realidade não estávamos visitando a cidade, mas sim nossos amigos.

Talvez devido a esta falta de expectativa, a cidade encantou, pelo menos a mim, mais do que a imaginação prévia. Muitas pessoas nas praias, que para nós são estranhas devido ao terreno de pedras grandes e não de areia, as pessoas sempre levam esteiras ou colchonetes, toalha não é suficiente para ficar comodamente sentado naquelas pedras. De qualquer forma há muitos bares e restaurantes ao longo da orla com mesas e cadeiras onde se pode sentar, beber e comer excelentes frutos do mar. A cidade é limpa e organizada. Na realidade eram duas cidades, Brighton e Hove que se uniram em uma só, decidiram isso para reduzir os custos de administração, também não tem Prefeito, o conselho municipal administra tudo (bom exemplo a ser seguido). Apesar de manterem seus nomes originais é praticamente impossível separá-las, nossos amigos, por exemplo, moram em Hove e caminhamos até vários locais de Brighton sem saber que estávamos saindo de uma cidade para outra. O clima também ajudou, pegamos belos dias de sol por lá.

Dormimos apenas 2 noites na cidade, se você quer aproveitar praia e as diversões que a cidade oferece, pode passar mais tempo, agora se o objetivo é conhecer a cidade, no máximo 2 dias, dormir uma noite é suficiente. Os monumentos e prédios não são muitos, há o Royal Pavilion, um imenso palácio em estilo árabe, muito bonito, tem também a igreja de São Pedro, e o Brighton Pier com bares, restaurantes, parquinho, essas coisas. A cidade é rica em parques e praias.

Sendo um destino turísticos dos ingleses, a cidade oferece excelentes restaurantes de várias especialidades, nossos amigos nos levaram a 2, sendo um típico de comida turca e outro indiana, como em toda Inglaterra, estrangeiros não se interessam muitos pelas comidas locais. Para nós a estada foi agradabilíssima, somos muito gratos a Andrew e Chris.

Depois de Brighton, partimos para a Escócia, e depois de retornarmos a Londres, visitamos ainda 2 locais no interior da Inglaterra: a cidade de Bath e Stonehenge em Amesbury, daremos um pulo no tempo até 18 de julho com a finalidade de falarmos deste locais.

Passamos apenas algumas horas em Bath, pegamos um ônibus de turismo em Londres, pudemos apenas conhecer as Termas Romanas e a Abadia, uma pena, a cidade é linda, seus prédios e jardins maravilhosos justificam tranquilamente uma visita de 2 dias, ela tem uma ponte que lembra a Ponte Vecchio de Firenze. É muito antiga, foi construída pelos romanos atraídos pelas suas águas termais ideais para construção de banhos que os romanos tanto gostavam. Em fim, fomos aos 2 pontos turísticos principais, depois demos uma volta por umas poucas ruas, entramos em lojas de souvenires e fomos embora, um dia eu volto!

O passeio a Stonehenge foi semelhante, ao deixarmos Bath o mesmo ônibus turístico nos levou até lá, Stonehenge é isso mesmo, 2 a 3 horas de visita são suficientes. Trata-se simplesmente de um sítio arqueológico pertencente a cidade de Amesbury, a qual nem conhecemos, o ônibus do tour nos leva até o centro de turismo e de lá pega-se um micro ônibus até o sítio, passas-e algum tempo por lá, negociando com os demais visitantes uma brecha para fotografias. Para oferecer um pouco mais de atrações foi construída, próximo ao centro de turismo, uma réplica do que poderia ter sido uma aldeia do povo que ali habitava a época da sua construção, vai saber. O centro ainda oferece uma loja gigante de vendas de souvenires. Ir a Stonehenge é para quem tem o sonho de conhece-la, como era o meu caso. Para mim foi fascinante visitar aquele círculo de pedras, com o qual eu sonhava há anos. Stonehenge é mais velho do que o que há de mais velho no ocidente, estima-se 5.000 anos desde as primeiras pedras arrumadas lá. Agora, se não existe em seu imaginário este sonho de conhece-lo, vá fazer outro passeio.

Depois voltamos a Londres para aproveitar, sem nenhum compromisso turístico, a cidade que tanto nos encanta, uma excelente forma de dar adeus a Europa depois de 4 meses por lá.

Brighton
Brighton
Brighton
Brighton - Royal Pavilion
Brighton - Royal Pavilion
Brighton - Bar beira de praia

Brighton - Jantar indiano com nossos amigos
Bath - Rua
Bath - Termas Romanas
Bath - Termas Romanas
Bath - Termas Romanas
Bath - Termas Romanas
Bath - Abadia
Stonehenge - Sítio
Stonehenge - Sítio
Stonehenge - Sítio
Stonehenge - Centro de visitantes.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

LONDRES, LONDRES

Entre 31 de março de 2015 e 29 de junho de 2015, passaram-se 90 dias. Quando chegou a hora de deixar a França pensei que no dia 31 de março este dia 29 de junho parecia muito longe, como podia agora aquele 31 de março parecer tão próximo? Como disse alguém, que não consigo me lembrar, nem encontrar no Google: O tempo é longo quando olhamos para frente e curto quando olhamos para trás. 

Deixamos o hotel Paris Bruxelles, Conceição Lula e eu, arrastando nossas malas até o metro, estação République, e de lá rumamos para a Gare du Nord pela linha 5. 

A Gare du Nord é imensa, não é exclusiva para partidas do Eurostar e nem exclusiva para trens internacionais. Existe ainda o detalhe de que o Reino Unido, faz parte da União Europeia mas está fora do Acordo de Schengen, isso implica em passagem por todo o processo de migração, para todo mundo, sejam europeus ou não. Apesar de haver uma fila para europeus e outra para estrangeiros, não adianta de nada, pois a totalidade é praticamente de europeus, e a fila que deveria ser mais rápida termina não sendo e muitos europeus preferem a outra, no final das contas, mistura tudo. Passa-se por dois controles seguidos, um de saída da França e outro de entrada no Reino Unido, tudo antes de embarcar no trem, ou seja, lá se vai um bom tempo nesta fila. Aí eu entendi porque quando comprei os bilhetes, ainda em Lyon, a vendedora me disse: “chegue pelo menos uma hora antes”.

Após o processo de imigração aguardamos um pouco na plataforma e em pouco tempo embarcamos no trem, que saiu no horário, apesar das minhas dúvidas diante de tanta gente. O trem é igual aos demais de alta velocidade, poltronas confortáveis e um vagão-bar. O tempo de viagem, até Londres é de 2 horas e pouco, o tempo sob o canal é de uns 30 minutos mais ou menos, nada de especial, apenas um túnel absolutamente escuro, não espere nenhuma emoção, apenas uma leve pressão no ouvido foi tudo que eu senti! O fantástico é o tempo, do centro de Paris ao centro de Londres em pouco mais de 2 horas.

Chegamos na belíssima estação Saint Pancras, em Londres, e seguindo a sugestão da informante da bilheteria do metro, que nos deslocaríamos apenas uma estação, fomos a pé até o hotel Gower House na Gower Street. É uma caminhada de mais de 20 minutos, arrastando mala depois de 2 horas da viagem desde Paris, não é lá esta facilidade toda. As estações de metro em Londres são mais longe entre si que as de Paris! O hotel é um 2 estrelas simples, limpo, com quarto confortável apesar de pequeno e bem localizado; o único ponto negativo é não ter elevador. 

Foi também a primeira vez da minha amiga Conceição em Londres, no dia em que chegamos, após nos instalarmos no hotel, já era de tarde, fomos passear a pé.

Caminhamos até a Oxford Street, de lá até a Regent Street até chegarmos no Piccadilly Circus. Tiramos fotos por lá, claro, e depois, como ninguém é de ferro: pub, tomar uma cerveja e comer qualquer coisa.

Depois disso já era noite, voltamos para o hotel cansados e prontos para dormir.

A programação do dia seguinte, não poderia ser outra: apanhar um ônibus aberto de turismo tipo hop-on hop-off. Foi o que fizemos e saímos apresentando a cidade para a minha amiga debutante. Ela tinha apenas 2 dias, 30 de junho e 1 de julho, pois dia 02 de julho às 5:00 seu voo sairia de Heathrow para Lisboa.

Fomos admirando a paisagem e ouvindo as descrições dos guias pelos fones de ouvido, com opção em vários idiomas, incluindo português e brasileiro, KKK! Descemos próximo a ponte Westminster na margem oposta ao Big Ben, depois atravessamos a ponte até lá e daí até a Downing Street, contornamos o parque Saint James e chegamos ao Palácio de Buckingham pelo The Mall. Bom, esta caminhada toda deixou minha amiga bem cansada, Londres estava muito quente. Após bebermos e comermos em um pub, voltamos para o hotel. Lula e eu ainda saímos a noite para conhecer o Gordon’s Wine Bar, perto da estação Charing Cross, muito bom, recomendamos. Conceição foi dormir.

No dia seguinte, tomamos novamente o ônibus turismo e desta vez descemos na Ponte da Torre, passeamos pelos arredores, fizemos um passeio de barco pelo Tâmisa. Não andamos muito, o calor estava terrível, fomos relaxar, nada melhor do que cerveja em um pub. Deu para notar que eu adoro pubs, na realidade adoro Londres.

Gostaria de registrar aqui o quanto foi prazeroso apresentar todos os lugares que tivemos a oportunidade para a minha grande amiga. Além de ser muito interativa com as coisas que vê sabendo admirar cada detalhe, Conceição é uma excelente companhia, alegre e sempre pronta para caminhar e passear, isso sem falar em nossos divertidos momentos em bares e pubs. Obrigado minha irmã baiana, pela sua presença, estarei sempre a sua disposição como companheiro de viagem. 

Depois da partida de Conceição, na madrugada do dia 02/07, fomos Lula e eu conhecer algumas cidades do interior da Inglaterra e Escócia e retornamos a Londres, entre 16 e 20 de julho, apenas para aproveitar a cidade, seus restaurantes típicos de vários países, ir ao teatro (assistimos Wicked, o texto não tem muita coisa, as músicas são boas e o colorido e movimentações no palco são belíssimas), passear um pouco pelas ruas, aproveitamos um dia na Regent Street fechada para trânsito de automóveis no domingo e várias coisas acontecem lá, muito interessante. 

Neste período nos hospedamos no hotel Club Quarters St Paul's, bem próximo a Catedral de Saint Paul, o hotel é muito bom. Foi a primeira vez que ficamos nesta área, prefiro ficar próximo ao Soho.

Londres é sempre uma cidade boa para se aproveitar, para vive-la. Com ruas mais apertadas e sem um café em cada esquina, Londres não oferece o deslumbre de Paris, demanda mais atenção aos seus detalhes e construções (preste atenção aos detalhes dos prédios de Londres), exige mais tempo tempo para ser entendida e conhecida, formar-se uma opinião sobre ela. 

Algumas cidades como Paris ou Rio, se fossem livros, seriam de fotografias, outras como Londres ou São Paulo seriam textos.

Uma coisa para mim é certa sobre Londres, sempre quero voltar lá, sempre saio de lá com a sensação de que ficou um monte de coisas escondidas que eu terei de retornar para encontrar. Isso é maravilhoso em uma cidade para mim!

Piccadilly

Piccadilly

Loja próximo a Piccadilly
Pub

Pub

Ponte da Torre

Bar "Riviera"na margem do Tâmisa.
Quem não tem praia dá seu jeito. KKK!

Teatro Apollo - Musical Wicked

Teatro Apollo - Musical Wicked

Esfinge - Victoria Embankment

Regent Street fechada para carros

Regent Street fechada para carros