sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Niterói - Beleza, Festa e Carinho!


O período de tempo situado pelo calendário entre as datas de 10 e 13 de novembro de 2016 foi muito especial para mim e ficará para sempre em minha memória.

Neste período tive duas grandes oportunidades, uma delas foi conhecer um pouco da cidade de Niterói, durante anos escondida da minha visão pelo padrão mental de que a cidade banhada pela baia da Guanabara chama-se Rio de Janeiro. Apesar do pouco que conheci, restrito a praia de Icaraí, onde fiquei hospedado no Hotel Best Western (muito bom e bem localizado), esta pequena parte mostrou-se bela, com uma vista deslumbrante, movimentada - muitas pessoas praticando esportes na areia, ruas arrumadas, transporte público eficiente (fiz o trajeto Galeão - Hotel de ônibus) e com uma agradável caminhada ao longo da orla. Esta região da cidade também oferece bons restaurantes e bares para birita, petisco e diversão.

A cidade tem outras praias localizadas fora da baía da Guanabara, sobre as quais fui informado serem maravilhosas.

Praia de Icaraí
Praia de Icaraí

Pedra de Itapuca

A outra, e mais importante das oportunidades, foi o objetivo alvo da viagem até Niterói (me perdoe a cidade mas se não fosse isso talvez o desejo de conhece-la melhor jamais fosse despertado): A festa de confraternização dos primos! O que são primos no conceito desta festa: a princípio galhos,  ramos, folhas, flores, enfim tudo que nasça de algum forma bebendo na seiva do tronco de uma árvore chamada Foster. Evidentemente esta árvore se emaranhou de tal forma com outras árvores, atendendo a necessidade de suas florescências mútuas, que hoje o conceito de primo já se distancia daquele original e passa ser o conjunto inteiro desta floresta.

Devido a esta inevitável e abençoada abrangência a festa se chama: ENCONTRO FAMÍLIAS AYRES DOBBIN FELLOWS FOSTER HUTCHINSON & AFINS (lê-se êifins)!

Dizer que a festa foi linda e maravilhosa, apesar de absolutamente verdade, é muito pouco, e como fica difícil encontrar adjetivos superiores a estes a melhor forma de defini-la é, na minha opinião, usando um substantivo:  OPORTUNIDADE. É isso que o encontro é, uma grande, maravilhosa e linda Oportunidade.

Porque vejo-o assim? Simples, por ter sido isso que eu senti. A festa foi no dia 12, a Oportunidade para mim começou na quinta feira quando cheguei, ou seja ela é bem maior do que a festa.

Este início de materialização da Oportunidade ocorre em um agradável bar na praia de Icaraí - Friends. Fomos Evinha, Eleanor, Eduardo, Marcelo, Angela, Berliet, Carlinhos e eu, para lá, conversar tomar cerveja, e já comecei a aproveitar a oportunidade: encontrar  pessoas, atar novos corações! No dia seguinte o encontro do Friends já estava no face como: mini-encontro. Fantástico!


Mini-(grande)Encontro
Na sexta feira pela manhã saímos, Evinha e eu para encontrarmos primas que estavam hospedadas no Rio: Lilly e Bessie, e Eleonora que mora lá. Mais soma de bem-quereres à minha vida, não conhecia pessoalmente Bessie e Lora. Passamos o dia visitando a área antiga do Rio sob a "guidance" da hoje já carioquíssima Lora, que nos levou para almoçar em um pequeno restaurante, Imaculada, na ladeira do morro da Conceição: comida excelente, ambiente 100! Nossa guia ainda nos levou para conhecer a escadaria de pedra - Pedra do Sal.


Novo visual da candelária, linda!
Lady Eva, com museu ao fundo!
As garotas e eu
A Carioquíssima guia!
Imperdível Imaculada!
Idem
Pedra do Sal 

Idem
No fim do dia ainda encontramos com o Marcelo para mais uma cerveja. ... e a festa continua.

Finalmente chega o dia 12, sábado, data oficial do ENCONTRO, para mim, uma "grande finale" de algo iniciado 2 dias antes! A maravilhosa festa foi realizada no Rio Cricket - Niterói.
Antes de falar qualquer coisa é fundamental agradecer aos organizadores da festa: Marcelo, Annie e Alice, foi tudo muito bem planejado e executado. Parabéns pessoal, vocês deram um show!!





Bem, a Oportunidade aqui se mostrou em toda sua potencialidade. Vivi encontros com uma vasta quantidade de ramos e brotos das diversas árvores da mencionada floresta, que eu ainda não conhecia; e reencontros fechando o espaço de anos de distanciamento.

Alegria! Foi o imperativo da festa! Alegria animada pelo maravilhoso show dos primos cantores liderados por Berliet e Daniel.

Muito bom ainda, foi ver tantas crianças dando brilho a festa! Tantos brotos podem manter a união da floresta por anos.






















Não poderia deixar de mencionar o maravilhoso brinde e o encerramento com chave de ouro com direito a "Love is All, by the Chorous Cousins"!

Brinde!!
The Chorous Cousins 
Repito aqui uma frase que coloquei no face: 

"Foi muito especial para mim ter ido a este encontro!
Obrigado a voces e ao Propósito do Universo por fazerem tanta gente entrar em meu coração"

 

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Johannesburg 27 e 29 -09


Depois de 25 dias admirando as belezas da natureza africana, nossa viagem estava chegando ao fim. No dia 27, saímos de Victoria Falls em um voo para o maior aeroporto da África O.R. Tambo em Johannesburg, onde passaríamos dois dias na grande metrópole e no dia 29 tomaríamos o voo para São Paulo. Aliás, é essa a comparação que podemos fazer a Johannesburg, uma São Paulo na África, dois dias são absolutamente insuficientes para descobri-la. 

Ficamos hospedados no excelente hotel Garden Court em Sandton City, convenientemente próximo à praça Nelson Mandela, onde se encontram vários restaurantes com muito boa comida e por um preço excelente, quando comparado ao Brasil; além de como sempre um requintado shopping center.

Chegamos no hotel por volta das 17:00, após nos instalarmos saímos para a praça Nelson Mandela, bem em frente ao hotel, passeamos um pouco por lá e jantamos em um excelente restaurante grego.

Noite na praça Nelson Mandela
No dia seguinte nosso guia TK, da empresa African Eagle nos apanhou no hotel para o  nosso city tour. Ficamos gratamente surpresos, diferente dos demais, em ônibus, este tour era em um carro pequeno, apenas nós e o motorista guia. O TK é um grande conhecedor da vida e da história da Africa do Sul, especialmente Joburg (assim que eles chamam Johannesburg lá, nem eles aguentam tamanho nome), nos levou a passear pela cidade e a dois museus, ambos sobre o Apartheid.


Estádio construído para a Copa do Mundo de 2010.
Inspirado em um típico recipiente nativo para tomar água
Primeiramente o  Apartheid Museum, além de ser grande é um museu voltado para uma história recente, não tanto para obras de arte, assim é composto por muitos textos e vídeos, desta forma as 2 horas que passamos lá foi pouco tempo.

O outro foi o Hector Pieterson Memorial and Museum, em Soweto. Hector Pieterson foi um garoto de 12 anos assasinado durante protestos de estudantes secundaristas contra a imposição do idioma Afrikans, nas escolas. Embora o movimento fosse de secundarias as forças de ocupação não hesitaram em atirar. Em homenagem a sua memória foi construído este museu próximo ao local do crime.


Uma pena que não se possa fotografar, existem textos  e frases maravilhosas lá. Uma delas eu copiei. Para mim representou um resumo de toda o plano nefasto de escravização que germinava nas cabeças doentes dos assaltantes das terras alheias:

When I have control over native education, I will reform it so that natives will be taught from childhood that equality with Europeans is not for them!
Prime Minister HF Verwoerd, architect of apartheid, 1963

(Quando eu tiver controle da educação nativa, eu vou reforma-la de tal forma que os nativos serão ensinados desde a infância que igualdade com os europeus não é para eles
Primeiro Ministro HF Verwoerd, arquiteto do apartheid, 1963) 

Ninguém sabe o que foi o Apartheid até visitar estes museus. Lá se descobre que a luta pela liberdade foi bem mais que Nelson Mandela, foi Oliver Reginald Tambo, que dá nome ao aeroporto, foi Chris Hani e muitos outros. Foi  Hector Pieterson, que sendo assassinado sem nenhum crime ou agressão ter cometido, mostra, até hoje, ao mundo que para invasores e usurpadores o inimigo é qualquer um que não se curve.

Após os museus fomos almoçar em um restaurante bem popular do local, comemos, entre outras coisas - buchada de carneiro.


Restaurante em Soweto
Idem
Em companhia do nosso guia TK
Após o almoço o tour estava teoricamente concluído, no entanto, o TK, gentilmente nos levou até Midrand, nos arredores de Joburg, onde se encontra uma excelente loja de artesanatos: Cambanos and Sons! Maravilha, excelentes preços e não há necessidade de pechinchar. Vendem desde chaveiros e souvenires (não só da África do Sul, de toda a  parte sul África) até joias de diamantes. Lugar mandatório para quem quiser fazer compras.

Após voltarmos para Johannesburg caminhamos um pouco e nesta noite jantamos mais uma vez na praça Nelson Mandela, um restaurante italiano.


Praça Nelson Mandela
Idem


Idem
Jantar em restaurante italiano.
Descobrimos excelentes vinhos na África do Sul
No dia 29, nosso voo seria a noite, e o transporte para o aeroporto apenas as 16:00, então aproveitamos o dia para circular um pouco, apanhamos o Gautrain, uma espécie de trem que circula pelos principais bairros de Johannesburg e vai até Pretória, e fomos a dois bairros, o centro e Joburg e ainda ao Rosebank, depois voltamos, almoçamos no hotel e aguardamos o transfer.


Estação do Gautrain em Rosebank
Bar do Garden Court
A África tem muito mais que suas maravilhas naturais para nos mostrar, são um povo orgulhoso de sua terra, de sua história, de suas lutas. Não se sentem menores que outros povos só porque aqueles tem mais dinheiro, não se sentem miseráveis por não terem dinheiro, compreendem que há outras riquesas. Não são obrigados a valorizar a língua que seus invasores impõem, nem as regras de domínio disfarçadas em leis indignas.

Parabéns aos nativos da África, que sirvam sempre de exemplo para o mundo. Leis de usurpação e exploração devem ser desobedecidas e os ilegítimos governantes  que as promulgam, enfrentados.

A África é uma aula. Muitos deveriam assisti-la

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Botswana 25/09/2016.



Bem, voltando um dia atrás, 25/09, dia de acordar cedo. As 7:10 deveríamos estar no saguão para apanhar o transfer que nos conduziria a Botswana. Na realidade eu nem sabia que iria a Botswana, o roteiro se refere a visita ao Rio Chobe, na minha ignorância sobre geografia africana, não sabia que o referido rio era em outro país.

A cidade de Victoria Falls localiza-se próxima a um ponto do rio Zambezi onde coincidem 4 países: Zimbabwe, Zâmbia, Botswana e Namíbia. Por exemplo, a margem oposta à qual fica o A'Zambezi Lodge, onde estávamos hospedados, é a Zâmbia, que também divide as cataratas com o Zimbabwe. Algumas ilhas no meio do rio já foram alvo de disputas, mas pelo que entendi hoje já está tudo acertado. Após um percurso de aproximadamente 70km e atravessar a fronteira, saindo do Zimbábue, entramos em Botswana.

DICA: Indo a qualquer um destes países, nesta região fronteiriça, fique atento ao tipo de visto. Informe-se direito sobre o assunto. A imigração perguntará se você quer um visto para entrada simples ou dupla. Se existe possibilidade de passar para um dos outros 3 países vizinhos (o que normalmente acontece), ainda que seja por poucas horas, solicite entrada dupla, é mais cara que uma entrada simples porém bem menos que o dobro. 
Nosso exemplo:  Quando chegamos no Zimbabwe, vindo da África do Sul, pedimos entrada dupla (Pagamos US$90,00 por duas entradas duplas, Lula e eu. A simples não é menos que US$75,00). Quando passamos do Zimbabwe para Botswana o oficial de imigração do Zimbabwe carimbou uma saída, o de Botswana nos perguntou se regressaríamos no mesmo dia, dissemos que sim e não precisamos pagar visto. No retorno, o visto para re-entrar no Zimbabwe é exigido e aí se você não tiver duplo (lembre que ele carimbou uma saída) terá que pagar novamente. O visto por aqueles países está mais para um ingresso do que qualquer outra coisa. ATENÇÃO - pode sair caro (um casal canadense que conhecemos nos disse ter gasto US$300,00 em vistos)!! LEVE DINHEIRO TROCADO EM DÓLARES.

Findas as formalidades de fronteira, iniciamos nossa viagem de barco pelo rio Chobe. No, então presente, período do ano, de poucas chuvas, este importante afluente do Zambezi está baixo e uma grande ilha se forma. Como resultado, tem-se um imenso campo verde cercado de água em meio a secura que se encontra afastando-se das margens do Chobe. Por conta deste presente da natureza muitos animais vão para lá, onde podem  comer e beber à vontade.
Assim pudemos ver elefantes cruzando o rio, muitos hipopótamos, crocodilos aqui e acolá, uma maravilha. Um safári absolutamente confortável, sem poeira e sem solavancos de estradas esburacadas.



Elefantes cruzando o rio em busca de pastagem


Hipopótamos tomando banho 
Búfalo

Os crocodilos são imensos.
Aprendi aqui que eles não tem língua
 .

Após o almoço em um belo hotel a beira do Chobe (querendo se hospedar em Botswana há muitas opções na beira do rio), mais um safári, desta vez pelo parque Chobe, uma estrada ao longo do rio onde se encontram muitos animais, a variedade não é tanta como na Tanzânia - não vimos felinos, mas dá para vê-los com facilidade, bem de perto.

O carro utilizado no safari - diferente da Tanzania.
Na minha opinião, menos seguro.
Gostei que nenhum leão tivesse aparecido

Ginástica

Elegância



Recomendamos o safari de Botswana àqueles que não estejam muito dispostos a uma aventura mais selvagem. Dá para ver muitos animais com tempo e deslocamento menores e de uma forma mais confortável. Como disse a variedade não é tanta, mas para quem não está muito afim de abrir mão do conforto um pouco mais próximo da comodidade urbana, vale a pena.

Depois voltamos ao Zimbabwe, mais formalidades de fronteiras, e chegamos no hotel ao final do maravilhoso dia.