domingo, 21 de novembro de 2010

Machu Picchu




Porta do Sol

3 fotos da Trilha desde a Porta do Sol até Machu Picchu

Praça Central de àgua Calientes

De vez em quando alguém me pergunta se eu já fui a Machu Picchu, se é legal, se eu fiz a trilha Inca, etc.


Daí, resolvi colocar algo aqui.


Fomos ao Peru e Bolívia em julho de 2006, nesta oportunidade fomos a Machu Picchu.


Machu Picchu não é um lugar onde se fica, mas apenas se visita, a cidade mais próxima é Águas Calientes.

Para se chegar a Machu Picchu é necessário ir a Ollantaytambo e lá apanhar um trem. O trem pode levar a três pontos: o primeiro, onde descem as pessoas que farão a trilha completa a pé, uma segunda para aqueles que farão a semi-trilha e finalmente Águas Calientes. Não há outra forma de chegar-se a Águas Calientes, não tem aeroporto nem estrada o trem segue exatamente o trajeto do rio Urubamba, o que faz da viagem por si só um espetáculo.


Nós fomos direto a Águas Calientes, para se fazer a trilha é necessário uma grande antecipação na reserva, uns 6 meses.


A partir de Águas Calientes, apanha-se um ônibus que sobe a montanha até Machu Picchu.
É possível, e a maioria faz isto, sair de Ollantaytambo, visitar Machu Picchu e retornar no mesmo dia. Não foi o que fizemos. Por quê?

Machu Picchu é um lugar maravilhoso, se seu nome não fosse este poderia ser “paz e silêncio”. Quando o trem chega, uma multidão corre para os ônibus e em pouco tempo Machu Picchu está lotada. Até para tirarmos fotos é necessário o famoso “afasta um pouquinho por favor” tão comum na Fontana di Trevi. O barulho do vozerio espanta qualquer espírito que porventura estivesse repousando por lá, ou seja, Machu Picchu transforma-se em um monte de ruínas interessantes, só compreendidas quando explicadas pelos guias.

O horário de saída do trem, retornando a Ollantaytambo, dá-se bem antes do último ônibus a descer de Machu Picchu , significa que bem antes deste último trem Machu Picchu está vazia.
Dá mesma forma o primeiro trem chega a Águas Calientes muito depois do primeiro ônibus para Machu Picchu, o que faz com que lá esteja vazio nas primeiras horas da manhã.

Esta é a grande vantagem de não voltar no mesmo dia.


No primeiro dia chagamos na muvuca, subimos com todo mundo, tomamos a aula dos guias (importantíssimo, caso contrário você estará olhando as páginas de um excelente livro em mandarim), e quando todos se foram, Machu Picchu era nossa, ainda tem umas duas horas de sol. Subimos a trilha até a porta do sol, por onde chegam os que vêm a pé e único lugar de onde se pode avistar o cartão postal de Machu Picchu. Descemos no último ônibus, jantamos em Águas Calientes, a cidade tem ótimos restaurantes com atendentes extremamente gentis, e dormimos em uma ótima pousada.

Na manhã seguinte, pegamos logo um ônibus subindo a montanha, encontramos Machu Picchu quase completamente vazia, repassamos todos os locais que o guia descreveu, fotografamos tudo que queríamos, encontramos um grupo que chegou a pé da trilha, quando chegou a muvuca, pegamos o ônibus descendo para Águas Calientes, aproveitamos o dia na cidade, não tem muito o que fazer além dos banhos quentes e bons restaurantes, e no terceiro dia pegamos o primeiro trem retornando a Ollantaytambo. Ou seja, dormimos duas noites em Águas Calientes.

Se não quer dormir duas noites por lá, fique pelo menos uma.

Antes de ir, não deixe de ler o livro: "Machu Picchu - Viagem a cidade Sagrada dos Incas" de Leon Hernan Dziekaniak.

Machu Picchu só se torna visível no silêncio.

Um abraço.
Muita paz,
Thomas.

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