As duas últimas semanas passadas em Lyon foram na companhia de 2 visitas. A primeira delas, Conceição, chegou na segunda semana de junho, na semana seguinte chegou o Luiz.
Durante estas duas semanas a vida mudou completamente, passamos a ser guias e as nossas rotinas foram maravilhosamente alteradas – como nos divertimos!
Chegaram e trouxeram além da alegria de suas companhias umas coisas que estávamos com saudades: frutas tropicais, incluído um abençoado mamão, que delícia.
Durante a manhã dos dias que ainda tínhamos aulas as nossas visitas se deslocavam pela cidade conhecendo os muitos recantos de Lyon por conta própria. Conceição que chegou antes e andou muito sozinha, além de conhecer Lyon, tornou o time do Bahia, conhecido em toda cidade graças a sua inseparável camiseta do tricolor, até hoje não sei quantas ela levou. O Bahia tem as mesmas cores da França e também do time local, o Olympique Lyonnais, o que a fazia sentir-se absolutamente à vontade, em casa, qualquer bandeira tricolor era motivo de um sorriso. O local onde morávamos era fácil demais de ser encontrado e retornar para casa não era problema: – siga o rio Saône pela margem esquerda, uma hora o prédio vai aparecer.
Claro fizemos questão de leva-los a todos os locais que nos encantaram em Lyon, estávamos muito felizes em poder apresentar a cidade que tanto aprendemos a amar, para pessoas que amamos. Durante este período pensei várias vezes: – como gostaria de ter recebido outras visitas, para dar e receber tantas alegrias.
O tempo estava excelente, sem, calor nem frio, sem chuvas, aquele clima maravilhoso de primavera, apesar da proximidade do verão, esteve presente durante todo o tempo que nossos queridos estiveram conosco. A cidade definitivamente lhes deu boas vindas.
Andamos pelos recantos da cidade, biritamos nos bares e nas buvetes na beira do rio, fizemos passeio de barco pelo rio Saône, indo até a confluência. Nesta época do ano é um passeio muito gostoso, pode-se viajar na parte superior do barco que é aberta, sem problemas. Como não poderia deixar de ser visitamos o belo e amado parque de la Tête d’Or. Subimos a ladeira de la Croix Russe, fomos a la Fourvière, andamos por Vieux Lyon, tudo, tudo! E, é claro, comemos mexilhões!
A temporada deles em Lyon, teve um evento marcante: uma festa brasileira em um bar de la Croix Russe, o Bistrot Jutard. Soubemos deste evento no dia anterior, quando fomos ao pub Paddy’s Corner, que é vizinho e do mesmo dono. Fomos lá tomar uma cerveja e o cara do balcão, nos ouvindo falar, veio e disse: – amanhã haverá um show de música brasileira neste bar ao lado. Pois bem fomos.
Esta tarde foi definitivamente a maior farra que fizemos em Lyon. Como tomamos cerveja! Ficamos maravilhosamente bêbados. O bar estava cheio de brasileiros, o conjunto, apesar do seu repertório tipo MPB dos anos 90, pois moram lá há muitos anos e não se atualizaram, era ótimo. Talvez esta falta de atualização tenha sido benéfica, nada de novas pragas tipo Arrochas e Sofrências!! Tinham apenas um único defeito, porém gravíssimo para Conceição: não sabiam tocar o Hino do Baêa. Que fazer? Nem tudo é perfeito! O bar estava todo decorado de bandeiras brasileiras, verde e amarelo por todos os lados, uma alegria tipicamente nossa. Que tarde fantástica. Começamos por volta das 13:00 e só saímos de lá de noite.
Durante a estada deles ainda tivemos uma festa as nações na Place Bellecour e uma parada Gay nas ruas da cidade.
Viajar é maravilhoso, a experiência de passar este tempo um pouco mais longo em outro país foi excelente, muitas lições aprendidas, entre elas, talvez a maior, o valor da amizade. Como é importante termos amigos, a vida sem amigos é incompleta. As belezas só se mostram por inteiras quando podemos compartilha-las com amigos, o mesmo se passa com as alegrias, alegrias sem amigos são sempre alegrias menores, mesmo se estivermos sozinhos, saber que temos amigos, que vamos poder contar-lhes e que eles ficarão alegres com a nossa alegria já a faz maior. Para mim o sentido da palavra amigo é aquele do “filia” grego. “Filia” é uma palavra que categoriza aquelas pessoas a quem amamos sem o fogo da paixão. Sentimos “filia” por nossos pais, irmãos, filhos, amigos e também cônjuges, nenhuma relação se sustenta sem “filia”.
Obrigado a todos os meus “filos”, próximos e longe, sem vocês, a luz não mostraria as cores nem os son as musicas.
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Lula na varanda |
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Conceição, encantada com os pães e frutas da França |
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Baêa minha Porra! |
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Jantado em Vieux Lyon |
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Foto obrigatória para turistas |
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Arrasando na Buvete |
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Conceição descobrindo que gosta de mexilhões. |
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Mais buvete |
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Place de Jacobins |
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Farra no Bistrot Jutard |
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Farra no Bistrot Jutard |
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Farra no Bistrot Jutard |
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Éperlans - a pititinga de Lyon |
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