segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

ATÉ UM DIA, FRANÇA

Chegamos à última segunda feira do mês de dezembro do ano de 2015, completamos assim 16 publicações sobre uma experiência de viagem que pude desfrutar graças ao fato de ter me aposentado com disposição para aventuras. Sou muito grato a isto tudo. Quando comecei a trabalhar na Petrobras em fevereiro de 1980, imaginei muitos futuros, mas com certeza jamais passou pela minha cabeça que estaria descrevendo em um blog experiências de viagens mudo afora. 

A quem sou grato? Não creio que seja possível entender Deus, na hora que pensarmos que o entendemos descobriremos que aquilo que entendemos, que tínhamos tanta certeza ser Deus, não é Deus. Deus é algo mais para frente, bem mais para frente, a perder de vista. Perseguir um entendimento de Deus é como perseguir um arco-íris. Se posso dizer algo sobre uma visão de Deus, é um propósito, um processo - "O Caminho", como diz o Tao. Um Caminho que apenas ele conhece a sim mesmo. Devido a este modelo de um Deus impensável, procurei e adotei um símbolo. Então quando quero falar com, pensar em, pedir e agradecer a, faço-o por meio do meu Símbolo.

Então é a ele a quem agradeço, agradeço ter iluminado a mim e a tudo que me cerca para que eu pudesse trilhar o meu caminho. Quando agradeço ao Símbolo de Deus me sinto dizendo obrigado a meus pais, a meus irmãos de sangue e alma, aos meus parentes, aos meus amigos, aos meus professores e alunos em todas as suas formas, aos animais, as plantas, as águas, as rochas, a tudo que me trouxe até aqui.

Obrigado Jesus! Obrigado pela vida, pelo ano, pelo dia, por este momento. Obrigado por ser meu Símbolo!

Esta será a última postagem do ano, será também o último capítulo sobre a França, depois de visitar todas as cidades que descrevi aqui, chegou a hora de dizer “Au revoir, France. A bientôt”! 

A despedida da França teria que ser por Paris, minha amiga Conceição que passara 2 semanas conosco em Lyon, não a conhecia e, como é natural a todos que vão a Europa pela primeira vez, uma visita a pátria do iluminismo é um desejo prioritário. 

No dia 26 de Junho de 2015, depois de uma viagem de 2 horas de TGV, chegamos na estação Marne-la-Vallée–Chessy onde tomamos o RER A, até a estação Nation e de lá tomamos a linha 9 do metro até République, daí atravessamos a praça, arrastando nossas malas até o hotel que nos hospedaria, tudo muito simples graças ao maravilhoso sistema de transporte público francês. 

O hotel Paris Bruxelles é um 2 estrelas confortável, limpo e muito bem localizado, na região do Marais próximo a praça da República. Gosto muito de ficar hospedado por aqui, os hotéis são um pouco mais em conta que os da região dos Boulevards Saint Michel e Saint–Germain, é também uma área menos lotada da cidade e repleta de restaurantes, bares, praças, etc. 

Tínhamos menos de 3 dias para visitar a cidade, pois dia 29 estaríamos atravessando o canal da Mancha e deixando a França. 

Paris é sempre um local extremamente agradável para se visitar, ainda que já a tenha visitado várias vezes, sempre será agradável sentar-se em um café numa grande avenida, praça ou beira de canal e ficar apreciando o movimento enquanto se saboreia qualquer coisa. É possível ir a Paris dez vezes pela primeira vez.

Para aqueles que a visitam pela primeira primeira vez, há pontos obrigatórios, que deixei por conta dos sonhos da minha amiga: Champs Élisées, torre Eiffel, arco do triunfo, etc. 

Apanhamos um dos ônibus abertos do tipo Hop-on Hop-off, e saímos olhando a paisagem. Esses ônibus são muito interessantes, são várias linhas com vários pontos de parada, você compra o bilhete e o utiliza ilimitadamente pelo tempo adquirido, 1, 2 ou 3 dias. Apanha em um ponto, desce em um outro que lhe interesse, apanha novamente, desce novamente em um outro, e nisso vai o dia todo.

Ao chegarmos na praça em frente ao museu do Louvre, descemos. Conceição preferiu não ir ao museu e em vez disso caminhar, concordei, uma visita ao Louvre toma muito tempo, no mínimo meio dia. Tiramos algumas fotos em frente as pirâmides de vidro e fomos passear no Jardin des Tulleries, após várias fotografias, continuamos, atravessamos a Place de la Concorde e entramos na avenida Champs Élisées. O início da avenida é um belo jardim, ficamos por lá um pouco, passamos em frente ao Palais d’Élysée, continuamos pela avenida, apreciando as vitrines e cafés, até o arco do Triunfo e finalmente, tomando uma das avenidas que saem da Charles de Gaulle Étoile, fomos até a praça do Trocadéro e Torre Eiffel. Este percurso todo dá em torno de 5 km, um bocado de chão. 

Depois voltamos de ônibus para o Marrais, tomar uma cerveja e comer, afinal ninguém é de ferro! O Trocadéro e Champs Élisées tem muitos bares e restaurantes, eu prefiro não comer nestes locais, muito turista, muito caro, enfim, não vale a pena.

Nos dias seguintes continuamos as visitas a locais clássicos de Paris, fomos a Montmartre, que é um lugar muito gostoso de se visitar, não é só o Sacré-Coeur que há por lá. Andar pelas ruelas, visitar a Place du Tertre e beber alguma coisa em um dos vários restaurantes também é interessante. Visitamos ainda o Quartier Latin, a Igreja de Santa Madalena, Opéra, Notre Dame, a nova Pont des Arts, que está belíssima, les Invalides; sempre utilizando os ônibus abertos e caminhando. São as melhores opções para quem quer visitar os principais pontos em poucos dias. 

Infelizmente não deu tempo nem para todos os locais tradicionais, faltou por exemplo os Jardins de Luxembourg, Bois de Boulogne, etc. 

Consequentemente não deu para leva-la a locais que eu gosto e são menos visitados como: Canal Saint Martin (o Jardin du Port de l'Arsenal, Quai de Valmy) Musée d’Orsay, Place de Vosges. 

Fora isso, tomamos cerveja e comemos nos muitos restaurantes e bares da região do Marrais: Rue saint-Martin, Rue de Lombards, próximo ao Centre George Pompidou, toda a região tem uma grande variedade de locais para se distrair. 

Com este passeio, apresentando Paris para minha grande amiga, me despedi da França. 

O tempo que passei neste país, serviu para aumentar muito a admiração que tenho pela história, o presente e o povo francês. É um país para se visitar e aproveitar. Graças a Deus há muitos lugares por lá que não conheço, pois isto me dá uma certeza de que voltarei. 

Obrigado França, me senti muito bem acolhido em seu território e pelo seus filhos! 

Merci, jusqu’à un jour! 

Típico café parisiense

Jardin de Louxembourg

Jardin de Louxembourg

Jardin de Louxembourg

Canal Saint Martin - Jardin du Port de l'Arsenal
Canal Saint Martin 

Canal Saint Martin - Café no quai de Valmy


Praça da República

Hotel de Ville - dia da parada gay.
Arco do Triunfo

Torre Eiffel

Merecida cerveja


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