sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Me encontre ... se puder.

Depois de uma boa noite de sono, necessária para a recuperação da longa viagem, no sábado 13/10/2018 iniciamos a sequencia de visitas aos diversos pontos turísticos do Vietnã.
Pela manhã saímos em uma viagem de 70 km até o distrito de Cu Chi a fim de conhecermos a malha de túneis que se estendem por aproximadamente 200km. Na realidade o que é oferecido à visitação é uma área, uma espécie de museu a céu aberto, onde aprendemos sobre a história dos túneis e uma parte da guerra com os americanos.
Os túneis foram construídos como estratégia para deslocamento, esconderijo e armazenamento de utilidades para guerra, desde comida e medicamentos até armas e munições. Muitas destas utilidades vinham pelas estradas do Laos e Camboja, desde o norte até a região de conflito. Cu Chi fica bem próximo a fronteira com o Caboja.
Durante a apresentação aprendemos que o que chamamos de a "Guerra do Vietnã" lá é a “Guerra dos Americanos”, aprendemos ainda a diferença entre os termos vietnamitas e viet-congs. Viet-cong era simplesmente como os americanos chamavam os vietnamitas que eram considerados seus inimigos.
Estes túneis abrigavam vários cômodos, salas de reunião, dormitórios, cozinha, hospital, sala de recuperação de munições, etc. e longos corredores para movimentação de tudo isso. As melhores ilustrações estão na internet.
Foto de internet - mapa dos túneis
Idem
Os túneis são extremamente estreitos, as suas entradas, assim como suas aberturas de ventilação, eram disfarçadas de várias formas: troncos de árvores mortas, casas de cupim, pedras, etc.
Além do sistema de túneis também ficamos conhecendo as diversas armadilhas criadas pelos vietnamitas e que causaram grandes prejuízos as forças americanas, muitos americanos morreram ou foram seriamente feridos nestas armadilhas. É largamente conhecido que a derrota dos USA foi interna, o que faz sentido, pois os vietnamitas eram muito mais fracos belicamente apesar da ajuda da União Soviética e da China (de forma disfarçada), o que também não resta dúvida é que o crescimento desta pressão interna deveu-se muito ao número de americanos que voltavam ao seu país definitivamente mutilados ou em sacos e a demora para a rápida vitória prometida.





Fizemos uma visita a um túnel em si, no entanto não era o que esperávamos, ou seja, ver as dependências subterrâneas que existiam, não. Apenas entramos em um buraco nos arrastamos dentro dele e saímos 100m depois. Apenas Ailton e eu topamos a experiência.
Guerrilheiros

A visita a área dos túneis é imperdível, principalmente para quem se interessa pela história daquela região e daquele período, adentrar o “buraco”, na minha opinião, é dispensável devido a ausência de interesse e desconforto.
Dica: pessoas grandes e/ou com aversão a lugares apertados NÃO DEVEM entrar.
Depois da visita aos túneis de Cu Chi, fomos almoçar em um restaurante a beira de um rio. Ambiente agradável e comida deliciosa.




Após o almoço visitamos ainda o Palácio da Reunificação, que na realidade é o antigo palácio de governo do Vietnã do Sul e hoje um museu. Do ponto de vista histórico também é interessante, especialmente seu labirinto de bunkers.


Ainda visitamos o prédio dos correios, uma construção francesa em estrutura metálica, muito bonita, guarda características típicas da arquitetura da França que podem ser observadas em algumas construções que temos, por exemplo o mercado São José em Recife.



Após este último ponto turístico fomos para o hotel, tomar banho  e sair para jantar e aproveitar a noite.
Jantamos no restaurante Ngon, bonito e de comidas variadas, já descansados de bem alimentados trocamos o labirinto de túneis por nos perdermos nas graciosas calçadas repletas de mesinhas e cadeirinhas servindo cerveja, que se espalham pelas ruas do centro da cidade, uma graça. Prepare-se para tomar cerveja com gelo.
Restaurante Ngon



Cozinha no meio da rua - comum.
  
Atentar para o tamanho das mesas e cadeiras - típico nas calçadas.





Thomas esteve aqui


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