sábado, 8 de outubro de 2016

Tanzania 15 e 16 de setembro - SERENGETI


No dia 15, deixamos o Tloma Lodge e partimos  em direção ao tão esperado SERENGETI, o mais famoso parque da Tanzânia e provavelmente da África.

A estrada até o parque é muito desconfortável, além de ser de barro, tem a superfície muito irregular o que faz o carro trepidar terrivelmente, a poeira levantada pelos carros que cruzamos fecha toda a visão como um nevoeiro, se ficamos atrás de um outro veículo aí é melhor nem pensar. Entendemos porque nos filmes (e agora descobrimos que é a realidade) as pessoas usam marrom, todo mundo fica meio marrom no fim do dia.
Estradas típicas de filmes
No caminho paramos para conhecer uma tribo Massai. 

Dica: Nunca me senti tão tapeado como turista. Pagamos US$ 40,00 (total Luiz e eu) para uma apresentação de 10 minutos, darmos uns pulos com o grupo de nativos e visitarmos uma habitação típica. No final eles oferecem uns artesanatos, tudo muito mal feito e caríssimo (3x o valor de outro semelhante, muito bem feito, em qualquer outro lugar), não compramos nada. Se resolver fazer a visita não pague mais do que US$ 10,00 por pessoa (se o grupo for maior que 4 pague somente US$ 5,00) e também não faça compras.

Dança Massai
Habitação

Idem
Idem
Idem
Bom, vamos para frente, chegamos ao parque e iniciamos o safári imediatamente, o parque é belíssimo e a quantidade de animais que pode ser vista é imensa.
O mais interessante não é a visão instantânea dos amimais, isso vemos em um zoológico de forma muito mais confortável, o encanto é exatamente vê-los em uma situação completamente natural. Os elefantes andam geralmente em bandos, então ao olharmos para o lado, nos deparamos com um imenso grupo formado por elefantes de todos os tamanhos, desde pequenos bebês até adultos enormes, podemos assisti-los tomando água, jogando areia ou lama sobre se próprios e arrancando galhos com suas trombas; em muitas situações temos que esperar uma grande manada destes animais ou gnus, búfalos, etc. atravessarem a estrada para continuarmos a viagem.

Entrada do Serengeti




Búfalos
Gnus
Os hipopótamos não são apenas um casal com o focinho fora d'água, mas um grande grupo, alguns na água outros na lama e outros ainda comendo grama, aqui também uma comunidade de todas as idades e tamanhos. Flamingos compartilham o mesmo rio.





Os leões não estão estressados andando dentro de uma jaula de um lado para o outro, mas brincando entre si, dormindo, procurando uma sombra, ou ainda ajudando os filhotes a se alimentarem e até namorando. Engraçado que os leões literalmente nos ignoram. Acho que a nada eles enxergam como uma ameaça a sua majestade!!


Olha o medo que ele tem do carro








Família devorando um Gnu
In Love
Pela primeira vez na vida pudemos ver uma família de girafas andando e comendo as árvores, e também de hienas reunidas sobre uma imensa pedra.


Bebês!


Hienas
Tivemos a oportunidade de ver um casal de leopardos caminharem pela relva e depois subirem em uma árvore que eles escolheram, depois de passarem por algumas que não lhes interessou, diferente do zoo onde há uma única árvore disponível. Infelizmente fotografa-los não foi fácil.


Aqui o espaço é deles, nós é que somos prisioneiros dentro do carro.




Nem só grandes feras chamam a atenção
Este calango nos pareceu muito original
Dica importante: Alguns animais não são muito evidentes aos olhos de uma criatura urbana, eles se confundem facilmente com a paisagem, por isso é fundamental ter um bom guia, que seja um bom "animal spotter", como eles chamam aqui aqueles que localizam os animais, além disso um binóculo é fundamental, os animais não ficam nos esperando com um sorriso na beira da pista e os carros não podem sair da mesma e entrar pelas áreas de mato atrás daqueles que estão longe. Nisso demos sorte, nosso guia Salim, foi excelente.

Todo este movimento é emoldurado por aquilo que para nós é uma belíssima paisagem e para eles fonte de toda a vida. Os parques não são apenas os animais, a beleza da paisagem é de tirar o fôlego.







No fim da tarde fomos para o acampamento no meio de tudo isso, onde dormiríamos. 
O acampamento - Serengeti Kati Kati -  tem uma estrutura tão próxima de um hotel quanto possível, numa situação destas. São 10 barracas de lona, tipo tenda militar, cada uma dotada de banheiro e chuveiro particular e uma grande tenda onde está o restaurante e a área de convivência. As barracas se distribuem 5 para cada lado da tenda central. Claro que existem regras necessárias à situação, o gerente do camping sempre reúne os novos hóspedes para explicar que não é permitido sair das barracas após escurecer sem chamar um funcionário do hotel. Como se faz isso? Em cada barraca há uma espécie de lamparina, alimentada a bateria, precisando sair, coloque a lamparina para fora e balance, o funcionário vem lhe buscar, ótimo não? Até um apito para uma emergencia está disponível no quarto. Isso tudo mostra a preocupação com segurança, o que nos deixa muito tranquilos.

Tem até banho quente, quando queremos tomar banho avisamos e um funcionário enche um balde de 20l que fica acima do chuveiro, por fora da barraca. Pronto, é só abrir a torneira. Tem também toalete com descarga, pia, tudo. Incrível.



Interior da barraca

Varanda. Observe os recipientes verdes suspensos.
São para lavar roupa - utilizamos

Ao cair da noite uma fogueira é acesa próximo ao restaurante e os hóspedes se reúnem ao seu redor esperando o chamado para o jantar que se inicia as 19:00. Depois do jantar, repouso para o dia seguinte. Até no máximo 22:00 todos estão recolhidos, após isso - silêncio, perturbado unicamente por alguns gritos distantes (ou próximos) de animais noturnos. Um funcionário acompanha cada hóspede até sua barraca. Tem vigilantes a noite toda rondando o acampamento.

Acordamos neste paraíso e partimos para o segundo dia de visita ao Serengueti, mais animais, mais belezas, até uma rara Cheeta, com 5 filhotes, e um outro felino raro (não lembro o nome) conseguimos ver - muito difícil!




Outro animal difícil é o rinoceronte, não deu para ver nenhum em Serengueti, paciência.

Mais uma noite no camping e no dia seguinte, bem cedo, partimos para Cratera de Ngorongoro!
O sol deita-se no fim do dia

A Lua no fim da noite

2 comentários:

  1. Muito interessante seus comentários, Thomas! O da roupa ter que ser marron só dá para crer quando estamos cobertos de barro. No meu caso até a cueca era marron. Sobre a dancinha dos nativos, kkkk realmente é uma bobagem. No meu caso foi ainda mais ridículo porque era uma apresentaçao no hotel e eu cair fora para nao morrer de vergonha. Outra coisa, interessante seu comentário que nao é permitido sair da "estradinha" para correr em busca dos animais. No meu tempo (antes de 2000) era ainda permitido. Ao menos nosso motorista entrava em tudo que era caminho. Será que foi uma exigência dos animalistas? Realmente tem que ordenar porque se nao vira bagunça! SERENGETI nao mereçe uma invasao dos animais "racionais".

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  2. Obrigado, meu amigo, pelos seus comentários

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